segunda-feira, 28 de novembro de 2011

01 de Dezembro - Dia Mundial da Sida (OMS)

     A SIDA é uma síndrome de imunodeficiência adquiria, ou seja, representa um conjunto de sintomas e sinais que não dizem respeito apenas a uma doença, traduzindo-se numa deficiência do sistema imunológico, que é transmitida.
     É provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que é transmitido por uma pessoa infectada. A transmissão só pode acontecer de três formas: relações sexuais (sémen e fluidos vaginais); contacto com sangue infectado; de mãe para filho (durante a gravidez, parto e amamentação).
     O VIH é um vírus muito poderoso, com uma grande capacidade de replicação, que ataca o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo, deixando a pessoa infectada (seropositiva) mais debilitada e sensível a outro tipo de doenças (infecções oportunistas).
     Portugal é o país da União Europeia com maior taxa de incidência de casos de SIDA (105,8/milhão em 2001).
     Segundo o Departamento de doenças infecciosa unidade de referência e vigilância epidemiológica, em 2010 estavam notificados, num total acumulado, 16370 casos de pessoas portadoras de SIDA, com maior prevalência no sexo masculino, com uma maior incidência em idade superior ou igual a 20 anos, sendo os principais veículos de transmissão a via sexual com 42.1% dos casos e 39,9% o uso de drogas endovenosas.
     A infecção com o VIH desenvolve-se em quatro fases distintas:
       1ª - Período de infecção aguda (até quatro semanas após o contágio), no qual o seropositivo apresenta diversos sintomas pouco característicos, semelhantes aos da gripe (aproximadamente em 50% dos casos).
       2ª - Mais ao menos durante um período de dez a quinze anos, não existe sintomatologia associada, em que apesar do vírus se encontrar a destruir as células do sistema imunitário, o organismo consegue repor quase a mesma quantidade de células destruídas.
       3ª - Nesta fase o organismo já não consegue repor completamente a quantidade de células destruídas, podendo aparecer os seguintes sintomas: cansaço, emagrecimento, suores nocturnos, falta de apetite, queda de cabelo, diarreia prolongada e febre.
       4ª – Altura em que se manifesta a SIDA, ou seja, existe uma destruição maciça das células, o sistema imunitário encontra-se muito debilitado, o que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas (infecções e tumores).
     O diagnóstico é feito com base em análises sanguíneas para detectar a presença de anticorpos ao VIH. Estes anticorpos são detectados, normalmente, apenas três a quatro semanas após a fase aguda, não podendo haver uma certeza absoluta sobre os resultados nos primeiros três meses após o contágio. Para evitar falsos negativos, devem-se repetir as análises quatro a seis semanas e três meses após a primeira análise.
     Deve-se usar sempre preservativo nas relações sexuais, não partilhar agulhas, seringas, objectos cortantes, objectos contaminados (que tenham contactado com sangue, sémen e fluidos vaginais) e escovas de dentes.
     Apesar de ainda não existir nenhum tratamento capaz de eliminar por completo o vírus do organismo, os medicamentos anti-retrovirais existentes conseguem baixar a quantidade do vírus no nosso organismo, preservando o nosso sistema imunitário, retardando assim, o desenvolvimento da doença, proporcionando um maior e melhor nível de qualidade de vida.
Dados Bibliográficos

Enf.º Rui Saraiva
HPP - Hospital de Cascais



1 comentário:

Anónimo disse...

Olá... pelos vistos cá em Portugal anda tudo a dormir...