domingo, 12 de fevereiro de 2012

11 de Fevereiro - Dia Mundial do Doente

 
Celebra-se hoje o dia Mundial do Doente, foi instituído a 11 de Fevereiro de 1992 pelo Papa João Paulo II e é, anualmente, celebrado para apelar à humanidade para que seja promovido um serviço de maior atenção à pessoa doente.
A efeméride, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes/França, é celebrada pela Igreja Católica e, segundo João Paulo II, “a pessoa doente, além de cuidados terapêuticos, deve receber também cuidados humanos que rompem a solidão e oferecem ao enfermo a força anímica ao viver uma situação de grande dificuldade".
A saúde é bem mais inestimável que podemos possuir, embora só nos momentos de doença é que lhe damos o real valor. A doença é uma escola de vida, pois temos de aprender a viver com ela, a adaptar-nos as limitações que ela na causa, mas é sobretudo na luta pela vida que aprendemos o quão forte somos e até onde podemos ir. Ainda não é possível eliminar o sofrimento profundo da alma, que muitas vezes como doentes guardamos profundamente no nosso ser, mas ele alerta-nos e conduz-nos a procura de um novo sentido de vida, mais amplo e global. A aceitação da doença é um processo moroso e delicado que nos conduz à aprendizagem final e num prisma diferente à cura da doença da alma.
No sentido da celebração deste dia encontra-se encontra-se o balanço entre o binómio entre saúde física e saúde da alma (se lhe podemos chamar assim – para não confundirmos com saúde mental). A enfermagem, como arte de cuidar, não pode descurar ou desnivelar este equilíbrio.

Caminhando num outro sentido….
 No preâmbulo de sua Constituição, a Organização Mundial de Saúde (OMS - 1946) define saúde como: " o completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença". Observa-se, então, o reconhecimento da essencialidade do equilíbrio interno e do homem com o ambiente (bem-estar físico, mental e social) para a definição da saúde, recuperando os trabalhos de Hipócrates, Paracelso e Engels.
Este novo ponto de vista introduzido pela OMS, veio romper com os conceitos de saúde desenvolvidos até esta altura. Este conceito, veio não só contradizer os anteriores como introduzir novos vectores na definição de saúde (ambiente, social e mental). Isto veio causar uma ruptura na política da altura, que se viu obrigada a criar infra-estruturas para cobrir as necessidades de cuidados de saúde da população.
Mas a evolução não parou e a noção de que a saúde é um processo continuado e interdependente de preservação da vida, criou uma nova dimensão social. A saúde passou a ser também um processo de cidadania. Assim, todos cidadãos têm direitos, mas são igualmente responsáveis pela manutenção como vem expresso no ponto 1 da Base V da lei de bases da Saúde. A saúde, dentro desta visão, ocorre e é consequência de acções realizadas em toda a sociedade. Isto não iliba o Estado, o médico e outros profissionais de saúde de suas responsabilidades, mas agrega uma variável fundamental que diz respeito ao indivíduo, doente ou sadio, através do compromisso social solidário com o objectivo maior de garantir condições dignas de vida a cada ser humano. Este modo de entender a saúde abrange aspectos individuais e colectivos, envolvendo questões ambientais e sociais. 
Cada cidadão tem o dever de manter a saúde e prevenir o aparecimento de doença, nele próprio e na sociedade, do mesmo modo que cada profissional de saúde tem o dever de prestar cuidados de saúde com qualidade que visem o rápido restabelecimento da saúde, com o menos desperdício possível e com vista a evitar posteriores internamentos, tal como as administrações hospitalares têm o dever de gerir os fundos de maneira a existir sempre o equilíbrio entre o material, pessoal e tecnologia que permitam a prestação de cuidados de qualidade. Além desta contribuição, todos estes indivíduos contribuem para a saúde através dos descontos, das taxas, do trabalho, mas isto só não chega. Tem de existir um compromisso de cidadania, reclamando os direitos mas também respeitando e praticando os seus deveres.

Conhecer os seus direitos e deveres aumenta a sua capacidade de actuação na melhoria dos cuidados e serviços de saúde.

Direitos dos doente:
  • O doente tem direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana;
  • O doente tem direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosóficas e religiosas;
  • O doente tem direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no âmbito dos cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais;
  • O doente tem direito à prestação de cuidados continuados;
  • O doente tem direito a ser informado acerca dos serviços de saúde existentes, suas competências e níveis de cuidados;
  • O doente tem direito a ser informado sobre a sua situação de saúde;
  • O doente tem o direito de obter uma segunda opinião sobre a sua situação de saúde;
  • O doente tem direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes de qualquer acto médico ou participação em investigação ou ensino clínico;
  • O doente tem direito à confidencialidade de toda a informação clínica e elementos identificativos que lhe respeitam;
  • O doente tem direito de acesso aos dados registados no seu processo clínico;
  •  O doente tem direito à privacidade na prestação de todo e qualquer acto médico;
  •  O doente tem direito, por si ou por quem o represente, a apresentar sugestões e reclamações.

Deveres dos doentes
  • O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na promoção da própria saúde e da comunidade em que vive;
  • O doente tem o dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias para obtenção de um correcto diagnóstico e adequado tratamento;
  • O doente tem o dever de respeitar os direitos dos outros doentes;
  • O doente tem o dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações que lhe são recomendadas e, por si, livremente aceites;
  • O doente tem o dever de respeitar as regras de funcionamento dos serviços de saúde;
  • O doente tem o dever de utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de colaborar activamente na redução de gastos desnecessários.

O direito à protecção da saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa e assenta num conjunto de valores fundamentais como a dignidade humana, a equidade, a ética e a solidariedade.

Em resumo, o dia mundial do Doente, com um cariz católico, leva-nos a olhar para além dos sinais e sintomas, bem fundo no sofrimento e na doença da alma que por vezes é descurada e até mesmo esquecida, no equilíbrio ténue que é o estado completo de bem-estar físico, mental e social. Por isso devemos manter a nossa caminhada focada na humanização e no cuidar como premissas impreteríveis no nosso paradigma de actuação.
Num segundo tema, é explicado o conceito de cidadania e a sua envolvência na saúde, que em ultima instancia se conota aos direitos e deveres dos doentes.
E por último, uma achega ao tema abordado. Com todas as evoluções sofridas estamos no patamar da pessoa vista como cliente, tendo já ficado para trás o utente (principalmente agora com as imposições da Troika e da contenção da despesa) e do doente. Só espero que esta mudança na forma de apelidar a pessoa que é o alvo do nosso cuidado não atinja o foco dos nossos cuidados, que é o completo bem-estar.
PS.: para quem estiver interessado em consultar um trabalho realizar no Âmbito do direito à Saúde/Cidadania/Legislação pode entrar em contacto conosco através dos e-mails disponibilizados.
Atenciosamente.
                                                                                                                           
                                                                                                         Enf. Francisco Neves


WEBGRAFIA
  • http://www.dgs.pt/default.aspx?cn=55065716AAAAAAAAAAAAAAAA
Carta dos Direitos e Deveres dos doentes (08/02/2012 22:40)
  • http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/politica+da+saude/enquadramento+legal/leibasessaude.htm
Lei de Bases da Saúde(08/02/2012 22:40). Aprovada pela Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro.
  • http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=89390
Mensagem do Papa Bento XVI para o XX dia mundial do doente (08/02/2012)
  • http://sairdaspalavras.blogspot.com/2010/02/dia-mundial-do-doente.html
Artigo de opinião acerca do dia mundial do doente (08/02/2012)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Coloproctologia II - Fístula e Abcesso anorectal

     Uma fístula anal é um trajecto anormal entre o canal anal e a superfície corporal, em regra a região perianal, ou, mais raramente, outro órgão como por exemplo a Vagina.

     Um abcesso anorrectal é uma acumulação de pus causada por uma obstrução dos canais glandulares na região anorrectal pelas fezes.

COMO APARECE?
     A obstrução dos canais glandulares impede a drenagem dos produtos de secreção das glândulas no canal anal e provoca um processo inflamatório (abcesso).
     Normalmente induz a formação de um trajecto fistuloso em direcção à superfície corporal, com uma abertura ao nível da pele, através da qual será drenado o conteúdo (fístula).
     Podem também desenvolver-se fístulas anais secundariamente a traumatismos perirectais ou anais, fissuras anais, doença de Crohn, diverticulite, tuberculose e outras doenças infecciosas.

SINTOMATOLOGIA
     Os sintomas típicos do abcesso anorrectal são: pulsação persistente; dor ao andar, ao sentar e ao evacuar e sinais sistémicos de infecção.
     Quanto à fístula, os sintomas são: Exsudado purulento junto ao ânus; dor e prurido.

DIAGNÓSTICO
     O diagnóstico da fístula anal é feito com base na história clínica, nos sintomas presentes e no exame do paciente.
     O exame da região perianal pode revelar uma área endurecida, avermelhada e dolorosa. Permite também, normalmente, observar um abcesso ou a abertura da fístula, com a presença eventual de corrimento através desta.
     O local de abertura da fístula permite com frequência ter alguma ideia do seu trajecto, por vezes este pode mesmo ser identificado por palpação. Nalguns casos, poderão ser necessários outros exames de dianóstico.

TRATAMENTO
     O tratamento da fístula anal inclui o tratamento médico da infecção que possa estar presente e a resolução cirúrgica da fístula.
     Com efeito, dado que as fístulas não cicatrizam espontaneamente, o seu tratamento cirúrgico é imprescindível. O tipo de abordagem cirúrgica a adoptar depende das especificidades do caso, incluindo a localização e complexidade da fístula, bem como o seu grau de interferência com o esfíncter anal.
     Independentemente da abordagem cirúrgica adoptada, o objectivo é eliminar a fístula sem interferir com a funcionalidade do esfíncter anal, ou seja mantendo a sua capacidade de controlo da emissão de fezes e gases.

Enf.º Francisco Neves
CHLC - Hospital dos Capuchos

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

04 de Dezembro - Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla

     A esclerose múltipla é uma doença que afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo e cerca de 450000 pessoas em toda a Europa, havendo maior incidência nos países nórdicos. A ANEM (Associação Nacional de Esclerose Múltipla) estima que, em Portugal, exitam cerca de 5000 doentes.
      A grande questão para muitos Portugueses é: O que é a Esclerose Múltipla ?
     A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa do SNC, interferindo com as funções de locomoção, visão, equilibrio, entr outras.
     Esta doença tem este nome, pois na degeneração do sistema nervoso central há a formação de cicatrizes que formam placas no cérebro e medula espinal, é múltipla pois decorre em áreas dispersas. Os sintomas podem ser suaves ou severos, inconstantes aparecendo e desparecendo . Denomina-se desmielinizante, pois é possivel observar-se as bainhas de mielina e é degenerativa porque se nota lesão das fibras nervosas envolvidas, que muitas vezes, é irreversível.
     A causa é ainda desconhecida, calcula-se que se deva a uma anomalia imunológica que faz com que os anticorpos "ataquem" a própria mielina, causando a inflamação e a desmielinização. O factor herditário tem um peso entre 5 a 15%, podendo a doença ser influenciada pelo ambiente, havendo uma incidência maior em climas temperados do que nos trópicos.
     A sintomatologia é também uma questão importante. Estes aparecem entre os 20 e os 40 anos, sendo a frequência maior nas mulheres do que nos homens. A zona que é afectada primeiro, varia de pessoa para pessoa, podendo aparecer como formigueiro, perda de força muscular, lentidão, dificuldade em andar, incontinência, cansaço, enjoo ou vertigem e alterações visuais. Os sintomas podem aumentar com o aumento do calor ou devido a uma febre. Os sintomas iniciais podem passar por alterações emocionais, anos antes do diagnóstico da doença.

Enf.ª Andreia Silva
HPP - Hospital de Cascais

Spot institucional da Ordem dos Enfermeiros

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

01 de Dezembro - Dia Mundial da Sida (OMS)

     A SIDA é uma síndrome de imunodeficiência adquiria, ou seja, representa um conjunto de sintomas e sinais que não dizem respeito apenas a uma doença, traduzindo-se numa deficiência do sistema imunológico, que é transmitida.
     É provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que é transmitido por uma pessoa infectada. A transmissão só pode acontecer de três formas: relações sexuais (sémen e fluidos vaginais); contacto com sangue infectado; de mãe para filho (durante a gravidez, parto e amamentação).
     O VIH é um vírus muito poderoso, com uma grande capacidade de replicação, que ataca o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo, deixando a pessoa infectada (seropositiva) mais debilitada e sensível a outro tipo de doenças (infecções oportunistas).
     Portugal é o país da União Europeia com maior taxa de incidência de casos de SIDA (105,8/milhão em 2001).
     Segundo o Departamento de doenças infecciosa unidade de referência e vigilância epidemiológica, em 2010 estavam notificados, num total acumulado, 16370 casos de pessoas portadoras de SIDA, com maior prevalência no sexo masculino, com uma maior incidência em idade superior ou igual a 20 anos, sendo os principais veículos de transmissão a via sexual com 42.1% dos casos e 39,9% o uso de drogas endovenosas.
     A infecção com o VIH desenvolve-se em quatro fases distintas:
       1ª - Período de infecção aguda (até quatro semanas após o contágio), no qual o seropositivo apresenta diversos sintomas pouco característicos, semelhantes aos da gripe (aproximadamente em 50% dos casos).
       2ª - Mais ao menos durante um período de dez a quinze anos, não existe sintomatologia associada, em que apesar do vírus se encontrar a destruir as células do sistema imunitário, o organismo consegue repor quase a mesma quantidade de células destruídas.
       3ª - Nesta fase o organismo já não consegue repor completamente a quantidade de células destruídas, podendo aparecer os seguintes sintomas: cansaço, emagrecimento, suores nocturnos, falta de apetite, queda de cabelo, diarreia prolongada e febre.
       4ª – Altura em que se manifesta a SIDA, ou seja, existe uma destruição maciça das células, o sistema imunitário encontra-se muito debilitado, o que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas (infecções e tumores).
     O diagnóstico é feito com base em análises sanguíneas para detectar a presença de anticorpos ao VIH. Estes anticorpos são detectados, normalmente, apenas três a quatro semanas após a fase aguda, não podendo haver uma certeza absoluta sobre os resultados nos primeiros três meses após o contágio. Para evitar falsos negativos, devem-se repetir as análises quatro a seis semanas e três meses após a primeira análise.
     Deve-se usar sempre preservativo nas relações sexuais, não partilhar agulhas, seringas, objectos cortantes, objectos contaminados (que tenham contactado com sangue, sémen e fluidos vaginais) e escovas de dentes.
     Apesar de ainda não existir nenhum tratamento capaz de eliminar por completo o vírus do organismo, os medicamentos anti-retrovirais existentes conseguem baixar a quantidade do vírus no nosso organismo, preservando o nosso sistema imunitário, retardando assim, o desenvolvimento da doença, proporcionando um maior e melhor nível de qualidade de vida.
Dados Bibliográficos

Enf.º Rui Saraiva
HPP - Hospital de Cascais



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

17 de Novembro - Dia Mundial do Não-Fumador

     O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. É caracterizado como uma dependência física e psicológica do consumo de nicotina (droga psicoactiva presente no tabaco).
     A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, sejam fumadores. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu cerca de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
     Na Europa, o fumo do tabaco é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais, prevendo-se que, em 2020, este número ascenda a dois milhões. Em Portugal, são mais de 12 mil as vítimas mortais anuais provocadas directamente pelo consumo de tabaco.
     Ao fumar o indivíduo está a consumir cerca de 4.700 substâncias de elevada toxicidade, nomeadamente monóxido de carbono, amoníaco, formaldeído, etanol, cianeto ou acroleína, todos eles compostos nocivos. O maior malefício do tabaco é a nicotina, que em conjunto com o alcatrão contribui de forma importante para o enfraquecimento das defesas naturais e das células responsáveis pela oxigenação. Além disso, os cigarros contêm 40 agentes cancerígenos conhecidos.
     O tabagismo é um “assassino” silencioso, uma vez que a maioria das patologias associadas ao consumo de tabaco só se começam a manifestar após alguns anos de consumo, quando as mesmas já se encontram instaladas.
     Diversas investigações comprovam que fumar, mesmo que seja só um cigarro, pode trazer graves consequências para a saúde.
     As consequências relacionadas com o tabaco referem-se ao tabagismo activo, bem como ao tabagismo passivo (inalação do fumo ambiente).
     Estudos epidemiológicos confirmam a associação entre o tabagismo e diversas patologias:
       • Um terço de todos os casos de cancro;
       • 90 por cento dos casos de cancro do pulmão;
       • Cancro do aparelho respiratório superior (lábio, língua, boca, faringe e laringe);
       • Cancro da bexiga, rim, colo do útero, esófago, estômago e pâncreas;
       • Doenças do aparelho circulatório, dos quais a doença isquémica cardíaca (25 por cento);
       • Bronquite crónica (75-80 por cento), enfisema, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e agravamento da asma;
       • Irritação ocular e das vias áreas superiores;
       • Impotência sexual.
     O risco da pessoa contrair as patologias associadas ao tabagismo é diretamente proporcional ao tempo e quantidade do consumo de tabaco.
     Torna-se fulcral que se combata este flagelo, a única solução possível passa pela cessação tabágica.
     Cuide de si e dos que lhe são querido, deixe de fumar!

Dados bibliográficos:
http://www.minerva.uevora.pt/publicar/wq_fumar/tabagismo.html
http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=mundo.htm
http://www.tabagismo.net/
http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/estilos+de+vida/tabagismo.htm~
http://ec.europa.eu/health-eu/my_lifestyle/tobacco/index_pt.htm

Enf.º Rui Saraiva
HPP - Hospital de Cascais

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Coloproctologia I - Fissura Anal

     Coloproctologia é uma especialidade médica que estuda as doenças do intestino grosso (colon), do reto e ânus.
     Durante o decorrer deste tópico (4 publicações) vamos abordar as patologias mais frequentes na área da proctologia:

FISSURA ANAL
     A fissura anal é um pequeno corte, ou rasgão nos tecidos que revestem o ânus na sua porção interna. A fissura pode ser classificada como aguda, no caso de surgir subitamente, ou crónica quando está presente há algum tempo e se manifesta como problema recorrente. Este problema pode surgir em qualquer idade, normalmente está associado a traumatismo devido ao esforço durante a defecação e emissão de fezes duras e volumosas. O seu surgimento pode estar associado a episódios de diarreia ou processos inflamatórios na região ano-rectal.
    
 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA FISSURA ANAL
       - Cronicidade da fissura;
       - Infecção;
       - Hemorragia.

     QUAIS AS QUEIXAS/SINTOMAS MAIS COMUNS?
       - Dor muito intensa durante a defecação, que se pode prolongar por horas após defecação;
       - Presença de sangue vermelho vivo nas fezes/papel higiénico.

     TRATAMENTO DA FISSURA ANAL:
       - TRATAMENTO CONSERVADOR: Visa regularizar o trânsito intestinal, nomeadamente controlar eventuais situações de obstipação/diarreia, através de alterações alimentares e ajustes na dieta. Os banhos de assento (10-15 minutos) com água morna podem, eventualmente, proporcionar alívio na dor e favorecer o relaxamento do esfíncter anal promovendo a cicatrização da fissura, quando realizados após cada dejecção. Podem ser prescritos pomadas, supositórios, bem como outros fármacos com acção anti-inflamatória e analgésica.

       - TRATAMENTO COM TOXINA BOTULÍNICA: O tratamento com injecção de Toxina Botulínica, visa reduzir a contractura dos músculos da região do esfíncter anal, de modo a que seja possível uma aproximação dos bordos da fissura de forma mais rápida, favorecendo a sua cicatrização.

       - TRATAMENTO COM ESCLEROSANTE: Consiste na injecção de um fármaco esclerosante, que provoca a fibrose dos tecidos promovendo a sua cicatrização e consequente encerramento da fissura.


Enf.º Francisco Neves
CHLC - Hospital dos Capuchos