quarta-feira, 16 de novembro de 2011

17 de Novembro - Dia Mundial do Não-Fumador

     O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. É caracterizado como uma dependência física e psicológica do consumo de nicotina (droga psicoactiva presente no tabaco).
     A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, sejam fumadores. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu cerca de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
     Na Europa, o fumo do tabaco é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais, prevendo-se que, em 2020, este número ascenda a dois milhões. Em Portugal, são mais de 12 mil as vítimas mortais anuais provocadas directamente pelo consumo de tabaco.
     Ao fumar o indivíduo está a consumir cerca de 4.700 substâncias de elevada toxicidade, nomeadamente monóxido de carbono, amoníaco, formaldeído, etanol, cianeto ou acroleína, todos eles compostos nocivos. O maior malefício do tabaco é a nicotina, que em conjunto com o alcatrão contribui de forma importante para o enfraquecimento das defesas naturais e das células responsáveis pela oxigenação. Além disso, os cigarros contêm 40 agentes cancerígenos conhecidos.
     O tabagismo é um “assassino” silencioso, uma vez que a maioria das patologias associadas ao consumo de tabaco só se começam a manifestar após alguns anos de consumo, quando as mesmas já se encontram instaladas.
     Diversas investigações comprovam que fumar, mesmo que seja só um cigarro, pode trazer graves consequências para a saúde.
     As consequências relacionadas com o tabaco referem-se ao tabagismo activo, bem como ao tabagismo passivo (inalação do fumo ambiente).
     Estudos epidemiológicos confirmam a associação entre o tabagismo e diversas patologias:
       • Um terço de todos os casos de cancro;
       • 90 por cento dos casos de cancro do pulmão;
       • Cancro do aparelho respiratório superior (lábio, língua, boca, faringe e laringe);
       • Cancro da bexiga, rim, colo do útero, esófago, estômago e pâncreas;
       • Doenças do aparelho circulatório, dos quais a doença isquémica cardíaca (25 por cento);
       • Bronquite crónica (75-80 por cento), enfisema, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e agravamento da asma;
       • Irritação ocular e das vias áreas superiores;
       • Impotência sexual.
     O risco da pessoa contrair as patologias associadas ao tabagismo é diretamente proporcional ao tempo e quantidade do consumo de tabaco.
     Torna-se fulcral que se combata este flagelo, a única solução possível passa pela cessação tabágica.
     Cuide de si e dos que lhe são querido, deixe de fumar!

Dados bibliográficos:
http://www.minerva.uevora.pt/publicar/wq_fumar/tabagismo.html
http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=mundo.htm
http://www.tabagismo.net/
http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/estilos+de+vida/tabagismo.htm~
http://ec.europa.eu/health-eu/my_lifestyle/tobacco/index_pt.htm

Enf.º Rui Saraiva
HPP - Hospital de Cascais

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